COOPERATIVISMO - TRABALHO E RENDA
Para o desenvolvimento financeiro de Petrópolis, é necessário que tenhamos um programa que traga emprego em número expressivo.
É preciso ser algo que venha atender não só a um determinado setor da economia, mas que faça com todos possam ter as mesmas oportunidades.
Existem inumeras possibilidades e idéias, porém, a que mais acredito e vejo que pode fazer tudo isso ser um fato são as COOPERATIVAS.
Hoje as cooperativas são muito relevantes para o desenvolvimento socio-econômico de muitas cidades em todo mundo.
É preciso fazer um balanço para que se possa adequar alguns modelos de cooperativas em vários setores e desenvolve-las com os critérios mais básicos de todo sistema: vontade de vencer.
Penso em tres modalidades de cooperativas para se fazer este trabalho:
A) Cooperativas Industriais;
B) Cooperativas Comerciais e
C) Cooperativas Comunitárias.
Todas tem como base, a união de interesses comuns.
Cooperativas Industriais
Para desenvolver a cooperativa industrial, venho pensado na criação de um POLO COMERCIAL DAS INDUSTRIAS do ESTADO dO RIO de JANEIRO (PCIERJ) com sede em Petrópolis e preferêcialmente no prédio da antiga fábrica de tecidos Dona Isabel.
A proposta e fazer do prédio um shopping, tendo as indústrias apresentando serviços e produtos e comercializando os mesmos aqui na cidade, além de um centro de convenções, estacionamento e outros.
As oportunidades de negócios passariam a ser enorme diante da situação de que estaremos apresentando uma indústria a outra indústria, tornando assim todos conhecidos uns dos outros.
Quando uma empresa precisa de um produto ou serviço, é natural que com a tecnologia da internet seja feita busca por site apropriados e na qual apresenta inúmeras empresas de todo pais ou mesmo do exterior. Com o PCIERJ, instalado na cidade isto seria mais prático e não deixariamos de fazer negócios no nosso estado e principalmente em Petrópolis, gerando empregos e dividendos para todos.
Além dos bons negócios para as indústrias e visto com bons olhos um desenvolvimento no setor do turismo para cidade e em especial para a rua Teresa, rede de hotéis, pousadas, restaurantes e comércio em geral.
Enilson Fernandes
Cooperativas comerciais.
O setor comercial é o que mais sustenta a cidade e vem sofrendo muito com a falta de planejamento para ele.
É preciso também que seja colocado propostas que faça o fortalecimento e crescimento comercial fazendo assim uma geração de negócios e emprego.
As cooperativas são para este setor uma alternativa viável e econômica que em curto prazo proporciona uma maior flexibilidade para o seu crescimento.
Veja este exemplo: Se uma padaria compra por semana 30 sacos de farinha com 25 kg cada, ela tem um custo muito alto se compararmos que se juntarmos 60 padarias e/ou afins para comprar o mesmo volume de farinha cada um no mesmo período, elas estarão comprando 45 toneladas, ou seja, a redução de custo torna-se enorme.
Além de tudo, estará sendo dado a outros a oportunidade de se tornarem empresários registrados e consequentimente gerando receita para o município.
As cooperativas podem ser para vários outros seguimentos comerciais: borracharias, padarias, pizzarias, armarinhos, mercadinhos, restaurantes, e a todos interessados em comprar mais por menos gerando bons negócios.
Enilson Fernandes
Cooperativas comunitárias:
As comunidades podem gerar grandes negócios empregando pessoas, quando formam cooperativas. Para isso é necessário que tenham conhecimento de como aproveitar os materiais recicláveis dando aos grupos formados capacitação de conhecimento e apoio técnicos.
O aproveitamento de garrafas pet para a produção de vassouras, tecidos e outros produtos, fabricação de tijolos ecológicos para construção de casas, criação de bio-digestores, artesanatos,..., são algumas de inumeras possibilidades de criação de cooperativas comunitárias.
Além de dar dignidade aos cooperados, as cooperativas transformam a vida de toda comunidade e de toda cidade gerando uma sequencia de beneficios a todos.
Enilson Fernandes
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Leia mais sobre cooperativas
“Cooperativa é uma associação autônoma de pessoas que se unem, voluntariamente, para satisfazer aspirações e necessidades econômicas, sociais e culturais comuns, por meio de um empreendimento de propriedade coletiva e democraticamente gerido”.
Basicamente o que se procura ao organizar uma Cooperativa é melhorar a situação econômica de determinado grupo de indivíduos, solucionando problemas ou satisfazendo necessidades comuns, que excedam a capacidade de cada indivíduo satisfazer isoladamente.
A Cooperativa é então, um meio para que um determinado grupo de indivíduos atinja objetivos específicos, através de um acordo voluntário para cooperação recíproca.Uma Cooperativa se diferencia de outros tipos de associações de pessoas por seu caráter essencialmente econômico. A sua finalidade é colocar os produtos e ou serviços de seus cooperados no mercado, em condições mais vantajosas do que os mesmos teriam isoladamente. Desse modo a Cooperativa pode ser entendida como uma “empresa” que presta serviços aos seus cooperados.Essa “empresa comunitária”, chamada cooperativa, é regida por uma série de normas que regulamentam o seu funcionamento e cujas origens remontam o ano de 1844, quando foi criada a primeira cooperativa nos moldes que conhecemos hoje, em Rochdale na Inglaterra. Essas normas, que orientam como será o relacionamento entre a cooperativa e os cooperados e desses entre si, no âmbito da cooperativa, são conhecidas como Princípios do Cooperativismo.
Embora sobre vários aspectos uma Cooperativa seja similar a outros tipos de empresas e associações, ela se diferencia daquelas na sua finalidade, na forma de propriedade e de controle, e na distribuiçao dos benefícios por ela gerados. Essas diferenças definem uma Cooperativa e explicam seu funcionamento. Para organizar essas características e possibilitar uma formulação única para o sistema, foram estabelecidos os princípios do cooperativismo, pelos quais todas as cooperativas devem balisar seu funcionamento e sua relação com os cooperados e com o mercado. Aceitos no mundo inteiro como a base para o sistema, sua formulação mais recente estabelecida pela Aliança Cooperativa Internacional data de 1995:
1º Princípio:
Adesão Voluntária e livre. As cooperativas são organizações voluntárias, abertas a todas as pessoas aptas a utilizar os seus serviços e dispostas a assumir as responsabilidades como membros, sem discriminações de sexo, sociais, raciais, políticas ou religiosas.
2º Princípio:
Gestão Democrática Pelos Membros. As cooperativas são organizações democráticas controladas pelos seus membros, que participam ativamente na formulação das suas políticas e na tomada de decisões. Os homens e as mulheres eleitos como representantes dos outros membros são responsáveis perante estes. Nas cooperativas de primeiro grau os membros têm igual direito de voto (um membro, um voto), e as cooperativas de grau superior (federações, centrais, confederações) são também organizadas de forma democrática.
3º Princípio:
Participação Econômica dos Membros. Os membros contribuem eqüitativamente para o capital das suas cooperativas e controlam-no democraticamente. Pelo menos parte desse capital é, normalmente, propriedade comum da cooperativa. Os membros recebem, habitualmente, e se a houver, uma remuneração limitada ao capital subscrito como condição da sua adesão. Os membros afetam os excedentes a um ou mais dos seguintes objetivos: desenvolvimento das suas cooperativas, eventualmente através da criação de reservas, parte das quais, pelo menos, será indivisível; benefício dos membros na proporção das suas transações com a cooperativa; apoio a outras atividades aprovadas pelos membros.
4º Princípio:
Autonomia e Independência. As cooperativas são organizações autônomas, de ajuda mútua, controladas pelos seus membros. Se estas firmarem acordos com outras organizações, incluindo instituições públicas, ou recorrerem à capital externo, devem fazê-lo em condições que assegurem o controle democrático pelos seus membros e mantenham a autonomia das cooperativas.
5º Princípio:
Educação, formação e informação. As cooperativas promovem a educação e a formação dos seus membros, dos representantes eleitos, dos dirigentes e dos trabalhadores de forma a que estes possam contribuir, eficazmente, para o desenvolvimento das suas cooperativas. Informam o público em geral - particularmente os jovens e os formadores de opinião - sobre a natureza e as vantagens da cooperação.
6º Princípio:
Intercooperação. As cooperativas servem de forma mais eficaz os seus membros e dão mais força ao movimento cooperativo, trabalhando em conjunto, através das estruturas locais, regionais, nacionais e internacionais.
7º Princípio:
Interesse pela Comunidade. As cooperativas trabalham para o desenvolvimento sustentado das suas comunidades através de políticas aprovadas pelos membros.